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domingo, setembro 28, 2003

Meia maratona
(versão 103a série “desporto”)
Aguardava impaciente que fosse dado o sinal de partida. Durante o aquecimento, que antecede qualquer início da prova mais aguardada do calendário atlético a falar português, o representante luso lá foi, trago após trago, desinibindo-se para assim defrontar a concorrência. A ansiedade atenuara-se à medida que se aproximava o início da maratona com a ajuda dos movimentos de braço que o copo o obrigava: precavia-se deste modo contra a desidratação a que seria sujeito com o esforço pedonal. Cambaleante lá se dirigiu para o local da partida e mal se ouviu o tiro – e depois de se ter atirado por terra com as mãos protegendo a cabeça – disparou aos esses por ali fora. Apesar de ser um luso de gema ficou-se, apesar de todos os reabastecimentos que fez ao longo da corrida, pela meia-grega distância.
“Pró ano faço o caminho da volta”, disse enquanto descansava os beiços depois de tão extenuante prova.

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sábado, setembro 20, 2003

Circuito de manutenção
(versão 80a – série “desporto”)
Não tinha outra preocupação que não a de se intrometer todos os fins-de-semana num fato de treino.
Afadigava-se pela manhã para ser o primeiro a chegar ao circuito de manutenção... e aí exercitava... a vista. Regalava-se, sentado no lugar do costume, a ver quem passeava... os respectivos... fatos de treino.
O seu oftalmologista havia-lhe recomendado daqueles azuis com riscas brancas nos lados...

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domingo, setembro 07, 2003

Expresso
(versão 60a – série “pensamentOcioso”)
Hoje, ainda hoje, testemunhou o vento que vindo do norte amenizava a caminhada à beira-mar. Impelia o leitor artilhado e de revista em riste em prosseguir a sua leitura indiferente aos odores atlânticos. Única... e simplesmente denunciado pelo saco sob o sovaco e apertadinho de encontro a si praticava – enquanto o não perdi de vista – o seu expresso desporto. De tão absorto na única que já foi revista não se dera conta que o mar lhe devolvera a publicidade num saco cheio de nada.

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